O caminho mais longo pode ser o caminho mais curto! Continue a Seguir Viagem.







quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Mais uma viagem ...

Era apenas mais uma viagem ...

Ela entrou no ônibus se despedindo do por do sol
que tocava o mar, fechou os olhos e beijou o vento.
Não era aquela brisa suave que ela queria no
momento. Ansiava pelo calor abafado do interior.
Havia muita coisa a ser feita, tanta coisa pra ser
organizada dentro de si que ela não sabia por
onde começar, então escolheu não se lembrar
de mais nada e vagarosamente vivenciar os
dias.

Muitos amigos que ela queria ver, mas poucos
que a motivavam a uma boa conversa.
Esperou em vão uma conversa sincera.
Não encontrou sua foto no mural de albúm dos
amigos e entendeu que sua presença já estava
desaparecida.

Teve que enfrentar novamente alguns sonhos
e a posibilidade de não conseguir realiza-los.
Teve que enfrentar uma casa vazia, a magia
da infância é que devia fazer daquela casa um
lugar agradável.

Era apenas mais uma viagem e tantas coisas
para se enfrentar em uma curto espaço de
tempo, ela estava acostumada com isso,
ainda teve que se despedir dele.

Algumas viagens levam tempo para serem
digeridas.

domingo, 6 de novembro de 2011

Minha poesia não sabe rimar


Minha poesia não sabe rimar.
Perco o rumo da boa forma culta
Oculta na parte mal iluminada da
minha pobre alma.

Minha poesia esqueceu de ser
letra, passou a viver pelos ares.
Deixou de ser fato pra ser intensidade.
Não material, não contida em papel,
não pertencente nas academias.

Minha poesia não se apaixonou desta
fez. Ficou sem graça, foi abandonada
na praça tomando um sorvete. E o amor
resolveu abster-se da minha desengraçada
junção de rimas.

Minha poesia me deixou apé. Pegou o
carro e nem me deu carona. Fugiu do
meu mundo. Deve ter corrido muito essa
ingrata, tanto que me importei. Mas ela
não escolhe participar de quem se importa
tanto, não se preocupe, não sufoque a coitada
e ela fica ao seu lado. Vai vendo ...

Minha poesia rebelde resolveu retornar quando
eu abri meus braços frente ao mar, quando
parei pra me ouvir, quando resolvi parar de
judiar do coração. Poesia vestida dos meus
trapos, pintados, desgastados, tigrados,
multiformes ... Poesia voltou quando olhei
para dentro de mim mesma e vi que não
sou feita de rimas.

Não sou sistemática, e isso já é outra história.



sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Sua Vida!

Mãe,

Hoje você merecia uma jóia bem valiosa!
Uma jóia que não consigo imaginar pois
gostaria que ela tivesse a delicadeza do
seu olhar e a força bruta da sua coragem.



Um diamante talvez, um rubi, algo que
tenha ouro branco ... eu poderia andar
por entre o acervo de jóias da rainha
Elizabeth II e ainda assim ficaria na
dúvida. No final das contas acredito que
jóia alguma seria capaz de representar
toda a sua vida, toda a sua personalidade,
todo o seu amor.



Você é assim ... um misto de menina que
foi forçada a crescer com uma mulher de
parar o trânsito. Sei que anos vão passando
e você não gosta muito da idéia de ir ficando
velha, mas mesmo quando as rugas chegarem
e os cabelos estiverem branquinhos você sempre
terá 16 anos pra mim. Você tinha essa idade
quando te conheci, foi amor a primeira vista.



Sei que sua vida teve altos e baixos, lágrimas
e alegrias, sonhos e derrotas eu sei metade da
sua história e isso me faz querer ser a metade
de tudo que você é. Hoje é 30 de Setembro,
dia em que preciso agradeçer a Deus por
me permitir fazer parte da sua vida e por
ter um avô tão guerreiro, sendo você
filha, não seria diferente!

Nossas vidas não foram Tempo Pedido ...
Temos nosso próprio tempo e com você
ao meu lado nunca tive medo do escuro.
Seremos sempre tão jovens!!!!!

Amo-te




Seja tudo que você quiser ser!

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Beco Velho!


A galinha pintadinha feita de geso, (acho ser esse mesmo o material)
que fica aqui na mesinha do computador, se quebrou!
Me atraiu a atenção por ter sido partida ao meio, as duas partes
estão intactas porém separadas.

Me esforço, passo as mãos entre os olhos, e por favor não me
peça pra olhar o que ficou ali atras, partida ao meio.
Minha concentração pode jamais ser a mesma? Sofri algum
acidente cerebral? Minha memória foi afetada? Me pergunto
o que sobrou, o que ainda tenho nas mãos, o que posso fazer?

Posso levar anos para descrever toda a sensação que tive,
não quero ler autores que passaram por isso, pois seria
levemente influenciada pelas palavras deles. Quero encontrar
meu próprio jeito de descrever tudo aquilo. Encontrar as
minhas palavras.

Muito intimo? Muito estranho? Você pode não conseguir
compreender, mas será capaz de perceber que situações
nos pertubam a tal ponto de que nos sentimos quebradas
ao meio? Preocupadas se iremos nos regenerar, se há como
colar, se o nosso mundo será igual novamente e em como
seremos.

Sua mente foi tão afetada que é possível sentir uma
cicatriz invisível. Quando tudo isso acontece o coração
explode de vontade de ir pra um velho beco na rua
major profírio henriques, naquela cidade de ar opaco
e quente, onde sempre consegue redescobrir sua
identidade perdida entre tantas de si mesma.

Espero que todos tenham um beco velho!

"Are the wonders of my world" ...



quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Calma


Já faz um tempo que não dou notícias em que pé está essa minha viagem
maluca por estradas diversificadas de significados. Minha dedicação
para escrita está toda voltada pra Monografia, e se parar pra pensar
ela é minha nova estrada. Porém, lindos textos tem surgido no interior
da minha alma, poemas, canções, motivações e sorrisos.
Tenho a idéia de todos anotada em algum pedaço de papel
jogado em alguma bolsa.

Do último texto até esse eu já não sou mais a mesma, estou no mesmo rio,
mas a água que corre pelos meus pés não é a mesma. Já estou mestiçada
em novos tons, novas artes e novos amores. Ainda ando agoniada pelos
ônibus de Macaé e chateada com essa agitação toda.
Então estive pensando na CALMA! C-ALMA.
Naquelas minhas conversas comigo mesma eu tenho
me dito com frequência "calma, tudo está em calma". E fico dizendo que
não preciso está acelerada no mesmo ritmo que o restante do mundo.
Não preciso condicionar o meu relógio a pressa, a correria, a Não visão
de belas paisagens que me cercam. Posso ser apenas um pulsar leve
no silêncio de mim mesma.

Acredito que estou sentindo tudo isso por conta da loucura que foi os
últimos 5 meses deste ano, achei realmente que não suportaria mais
uma porrada de depressão e cansaço. Depois das férias e de receber
o colo de pessoas amadas, o amor se renova, a gente fica mais forte,
lembramos que foi Deus que nos trouxe no colo até então! Sentimos
novamente a luz que somos e percebemos o quanto nossa Alma é
antiga, é grande, é cheia de nuvens lindas, é uma força arrebatadora!

"Sou um grão de sal no mar do céu" então pra que a pressa?

Impossível então não lembrar dessa canção ...




Em fim .. acalma a tua alma!




segunda-feira, 4 de julho de 2011

Mês de Aniversário!

Nossa como o tempo passa rápido mesmo!
Geralmente a gente não acredita nisso, fingimos
nem ouvir quando algum senhor já idoso fala assim:
"filha aproveita a vida, vai passar rápido".
Mas, a sensações se misturam sabe?! Sei quanto tempo
levei para chegar até aqui, e quantos obstáculos encontrei.
As estradas por qual passei, os buracos que me fizeram
trocar os pneus do carro, trocar os conceitos, trocar as
idéias. Verificar o motor da minha alma inumeras vezes!

Ufaaaaa .. é nisso tudo que neste mês o blog Seguir Viagem
completa 3 anos rodando os caminhos do meu imaginário!
Hora criativo, hora depressivo, hora contagiante ...
Tanta coisa aconteceu neh?! Terminei mais um namoro,
cortei o cabelo, fiz uma tatoo, bebi talvez além da conta,
curti o carnaval com amigos e vivi um pouco mais da
Graça de Deus na minha vida.

Acredito que eu tenha passado em frente ao ponto de
partida desse blog várias vezes nesses 3 anos, mas
insisti um pouco mais e fui em busca de conhecer novos
lugares e pessoas.

Vamos mudar novamente a rota e novas surpresas estão
por vir .. O blog terá uma cara nova e novo endereço!

ops ..
segredo!
Não conto mais nada ..

então, renova o estoque na mochila e me siga!

terça-feira, 14 de junho de 2011

O Tio do Coco!

Estou naquele mesmo ponto de ônibus,
praticamente no mesmo horário todos os
dias. Quando chego peço aos céus que
não tenha ninguém sentado na parte
do meio do banco de madeira onde tem
um pilastra que me apoio.

Coloco as pernas pra cima, a mochila no
colo, bagunço o cabelo e logo vem ele.
Um senhor simpático que acompanha
essa minha rotina por 3 anos. É o Sr. França,
dono de um carrinho de água de coco que
tem toda paciência de me ouvir.

Enquanto o ônibus não chega a gente troca
confissões, conta sobre a vida, ri das coisas
engraçadas que se vê nessa rotina de vãs,
ônibus e lotadas. Também já choramos
quando ele contou da luta de se criar os
filhos, de amar uma única mulher, das
dificuldades do trabalho e uma outra
vendedora que tenta atrapalhar o
trabalho honesto dele.

O tio do coco, o Sr. França fez da
minha espera no ponto de ônibus
um descanso, um alívio para tudo
o que eu ficava pensando. O termino
de um namoro, a saudade dos amigos,
os problemas na família, a falta de
grana, em fim.

Quando ele não estava eu sabia que
o ônibus iria demorar mais e eu não
tomaria aquela água de coco geladinha,
pra refrescar. Agora a vendedora que
queria tira-lo do ponto, conseguiu, e
hoje ele já não está lá. Fiquei triste.
Esses personagens da nossa rotina,
viram conhecidos e depois suas presenças
fazem falta.

Não importa em que ponto da cidade ele
vá, continuarei comprando sua água de
coco e batendo uma boa prosa, falando
da roça, da vida, da política. Por que
quando se faz amigos, não importa onde
eles estejam, você vai onde eles estão.
Tenho certeza que onde ele estiver
Deus o abençoará, por que além de
ser um senhor honesto é também servo
do meu pai e Senhor, Jesus Cristo.

sábado, 28 de maio de 2011

Não sei.

Hoje a noite está muito fria, quase não há estrelas
no céu. Escureceu mais rápido e o café na caneca tá
esfriando antes do meu ultimo gole. Me sinto satisfeita
pelo dia, pelos estudos, pelas horas vagas. Mas, a rota
me parece um tanto que modificada. Acho que vou
demorar até tê-lo em casa novamente. Porque já não
estarei por lá quando ele voltar. É, até pode parecer
confuso, mas é simples. Sei que é, eu que estou me
confundindo com alguns atalhos.

"não me espere, porque eu não volto logo ... você
não vai entender, que eu não sei voar, eu não sei
mais nada".

Acho que fico por aqui esta noite, um hotelzinho de beira de estrada ...

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Letter to Me



"Não sei como é sentir amor como o de Julieta, uma amor pelo qual abandonar os entes queridos, um amor pelo qual cruzar oceanos. Mas, gosto de pensar que, se um dia o sentisse, eu teria a coragem de aproveitá-lo. E, se você não o fez, espero que um dia o faça."


Não escrevi, mas poderia ter escrito. Me encaixo em cada linha do que citei acima. Posso afirmar com toda certeza dos meus 22 anos e vindo de dois relacionamentos, um de 4 anos e outro de 2 e pouco. Não gosto de pensar que não deram certo, deram sim, no tempo que duraram eles deram muito certo, foi ótimo e apaixonante. Também não acredito que por terem acabado significa que não amei. Amei sim, de uma outra forma, da forma que entendia o amor na época.

Quando se ama, não exige mudanças, se ama o exato jeito que o outro é, porém eu mudei. Me permiti passar por transformações que aqueles que estavam do meu lado não viveram no mesmo tempo, e pensando bem cada um tem seu tempo pra mudar e entender certas coisas, não se pode exigir mais do que alguém pode lhe dar. Minhas verdades são novas, minhas aventuras mais excitantes, meus sonhos são só meus, fiquei egoísta e resolvi correr ao abraço de mim mesma e da descoberta de tudo o que eu poderia ser.

Não amei como Julieta, não amei como Clarie do filme "letters to Juliet", não sei se terei um amor como o delas, e também não sei se conseguirei ter. Não vivo na busca por este estilo de amor, não acho que seja algo que se tenha condições de procurar. Quando se procura por algo você tem certas referencias, tamanho, cor, onde o viu pela última vez etc. Se tem algumas pistas pra isso. Não acredito que eu tenha pistas o suficiente para procurar o tal "amor verdadeiro", acho que todos os amores são verdadeiros por serem amor.

Nunca é tarde demais, amores que se guardam e esperam, se for preciso uma vida, para estarem juntos podem acontecer. Se existe o segredo pra tudo isso eu acredito que ele esteja na verdade, no ato de ser leal. A minha verdade pode ser a mesma verdade para alguém em algum lugar neste mundo agora mesmo. Minha forma de compartilhar e entender amor pode ter a força de entrar em acordo com alguma história que ainda não aconteceu na minha vida. Não espero perfeição, no estilo de amor perfeito que a sociedade prega. Tenho minhas próprias concepções sobre como gostaria de levar um relacionamento, durante toda a vida, com alguém e acho que nem todas elas se enquadram no "normalzinho" visto por aí!

Espero ter a coragem de aproveitar cada história, cada modo de amar que ainda vai aparecer pra mim, espero ser feliz por conta disso. Gosto de todas as mudanças que sofri, gosto mais de mim hoje do que quando tinha 15 anos e era apaixonada pelo meu primeiro namorado. Se pudesse voltar no tempo teria medo de mudar algumas coisas e acabar alterando a personalidade que tenho agora. Por um bom tempo duas palavras me assombraram .. "e" "se" . E se? E se eu tivesse feito aquilo, E se eu não tivesse falado daquela forma, E se eu ... Não sei como minha história vai acabar, mas se terminasse hoje eu diria que amei da melhor maneira que consegui. E me sinto satisfeita por ter chegado até aqui.

Mas, como acredito que não vai terminar hoje ... ainda quero amar muito mais, e quem sabe como Julieta, Clarie, Minha vó, e todas as personagens que eu acredito que amaram!

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Tô falando de AMIGOS!

Amigos, pessoas queridas que nos acompanham durante
etapas e por vezes uma vida inteira. Nessa minha viagem
pela vida e por lugares sinto falta de alguns amigos constante-
mente, me sinto incompleta sem eles. Pensando na modernidade
e em toda essa correria da cidade grande resolvi procurar em
que pé anda o amor amigo.


Fico me perguntando onde está o público para o verdadeiro afeto? Será que as pessoas se desencantaram para o real sentido e um amor amigo? Ou será, que alguém hoje em pleno século XXI sabe o que é AFETO? Acredito que poucas pessoas hoje vêem a amizade como um amor de valor, ou até mesmo como sendo algum tipo de amor. Por vezes peso que o relacionamento mais importante já não é uma velha amizade, porque poucos têm experiência dela. A amizade lida menos com os instintos, é menos biológico e pode parecer até menos necessário. Não está muito ligada aos nervos, não acelera nosso coração como faz a paixão e já que falamos em paixão .. a amizade não é visceral.

Indo em busca do por que disso tudo, me reporto ao texto de C.S.Lewis no livro “quatro amores” onde ele faz uma belíssima abordagem do assunto no capitulo chamado: Amizade. Lewis nos ajuda a entender por que na antiguidade e na Idade Média a amizade era exaltada. Naqueles tempos a emoção e o corpo, era visto como ameaças e por conta disso o amor mais valorizado era a amizade, que era então contrário a mera natureza carnal. Vieram então o romantismo trazendo a tona a exaltação do sentimento, emoção, instinto e como diz Lewis “sob esse novo pretexto, tudo o que antes recomendava esse amor passou a condená-lo”.

A amizade começou então a se parecer com algo sem cor, em contraste com o vermelho da paixão. Um amor um tanto que vegetariano. Precisamos então realmente perceber que um caso de amor é o que menos se parece com uma amizade. “os amantes vivem conversando entre si sobre o seu amor, os amigos quase nunca falam sobre sua amizade”. E em geral os amigos estão lado a lado enquanto os amantes estão frente a frente. Amizades não se excluem em apenas dois, queremos os outros do “grupinho” também. Sabe, tem coisas em mim que apenas alguns poucos amigos conseguem trazer à tona, preciso deles pra isso. A amizade é o menos ciumento dos amores e “nesse amor, dividir não é diminuir”.

O companheirismo nasce de coisas em comuns, alguma idéia, interesse e gosto que até então aquele alguém imaginava ser o seu tesouro. Imediatamente ocorre uma união de imensa solidão. Porém, os amigos buscam por mais interlocutores. A grande pergunta entre a amizade é que “você vê a mesma verdade que eu?” Sendo assim a amizade é realmente mais individual que um simples companheirismo.

Como diz Lewis, “a própria condição para ter amigos é querer alguma coisa além de amigos”. Quem não tem nada não pode partilhar nada, quem não está indo para lugar nenhum não pode ter companheiros de viagem. Quando as duas pessoas que descobrem, assim, estar na mesma estrada secreta são de sexos diferentes, a amizade que nasce entre elas pode facilmente se transformar em amor erótico. Mas, isso não significa obscurecer a distinção entre os dois amores.

Finalizando, o amor existente na amizade é tão forte quando o amor erótico. Aquela frase feita “não precisa agradecer” expressa de uma forma muito simples o que sentimos por um amigo. A amizade não é inquisitiva, cada um é simplesmente o que é, não se dá a mínima para classe social, para renda, raça ou passado. Descobrir sobre a vida do outro é apenas acidental.

“Eros pede corpos nus, a amizade, personalidades nuas.”



Dedico este texto para os meu poucos amigos
de ROTINA, que tem me dado a melhor sensação
de amizade e de um amor tão apaixonante quanto qualquer outro:
Léo Diniz, Gerson Dudus, Isabela Sarkis (amiga-irmã)
Sandra Wyatt, Lusiane Castro e Marcos Martins.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Meu doce afeto

Meus doces afetos

Me afetam e infectam o ar

Me produzem arte de amar

me encolho, colhendo, a

flor que vai brotar e eu

espero o sol brilhar e

assim me alegrar nos

meus doces afetos de

cuidar. Cuidar para

amar, cuidar para curar,

cuidar só de mim.

Meus doces afetos

Não são viscerais, não

é pulsão em paixão, que

arde, acelerando o

Coração.

Meus doces afetos me

Acalentam, é um mimo

de mim. Pedacinho

só de coisas nuas,

refletidas, naquele

raio de som, daquela

pequena flor que eu

espero brotar!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Not like the movies

Espero que daqui a alguns anos eu ria muito deste texto e
que ele me traga a gostosa sensação de crescimento.
Talvez as sentenças mudem, talvez elas se confirmem.
Apenas acredito que no final de tudo eu simplesmente
tenha sentido cada linha do que escrevo, isso me basta.
Tudo é apenas uma vista de uma parte do ponto, não se
esgota este assunto!

Como me diz um velho amigo, "tá atrazado já", sim ele está.
Estou com estas idéias me incomodando a um tempo e elas
chegaram por vários motivos que não cabe aqui, resumindo:
um sentimento, dúvidas, uma música, alguns links e BOoMM .. fluiu!

É só a difícil tarefa de dizer que o amor não acontece como nos filmes.
Tá você pode até dizer: pow mari, isso eu já sei! E eu até sei que
você sabe, mas é diferente de esperar que NÃO seja como nos filmes.


Você poderá não ter um John, que lhe escreva e espere no meio de uma
guerra. Que volte mesmo sabendo que por algum motivo
você desistiu dele. Um homem que não tenha medo de assumir
um grande amor e que pense: "impossível tudo aquilo ter sumido".
Não, eles são orgulhosos.


Nem todo amor fica na alegria e na doença.
Pode ser que você não encontre aquele que ficará
ao seu lado lhe contanto a história
de amor vivida por vocês na esperança que você jamais esqueça.
Na certeza que é tão forte pra ele quanto é pra você e por conta disso ele
sabe que vale a pena. Não é todo homem que constrói a casa dos seus
sonhos e espera que a mulher amada o perceba novamente e volte.



Você poderá ter vários amores na vida.
E pode ser que em alguns você não deixe grandes valores
marcados na vida do ser amado. E quem dize que é
preciso mudar por completo a vida do outro? Pode ser que a vida continue
e vocês tenham que se esbarrar muitas vezes ao longo dela e percebam
que tudo aquilo não era tão puro como em "um amor pra recordar" mas,
não deixou de ser belo.


Quero dizer que você pode não sentir a sensação de conto de fadas,
e não é estupidez pensar que sentiria isso. Mas, já não existem
príncipes e também não estou a procura de um. São perfeitos demais.
Tudo pode sair errado e você jurar de pé junto que é amor, por que
é amor e pronto. Ora bolas, pode não ser. As pessoas não se completam,
elas somam forças, somam sonhos, somam coisas e por vezes a
soma para e tudo é subtraido.

Sei que não escrevi nada do que penso sobre o amor romântico,
mas eu sei que não definitivamente não é como nos filmes. O que
se mostra como sendo único e verdadeiro amor é tão diferente do
que acontece na vida real. Porém, mesmo na vida real o mundo para
de girar quando você encontra alguém capaz de terminar suas frases.

Não é como nos filmes, mas é tão dramático quanto. Não será
um único amor e tudo depende da sua forma de encarar o amor.


continuará ...

domingo, 1 de maio de 2011

Nova Rota

Reorganizar algumas coisas, arrumar a mala
verificar o motor do carro. Selecionar a nova
trilha sonora, pegar o mapa, estudar a rota.

Levo novos conceitos e sei que será uma viagem
mais cansativa que as feitas até agora. Os objetivos
estão mais claros, existe um prazo. Ninguém me cobrou
por eles a não ser eu mesma. Minha concentração não
vai me trair desta vez.

chega de conversa
pegando a estrada agora, já aconteceu
a despedida então ...
Uma rota nova.


bjos .. sigam-me!

terça-feira, 29 de março de 2011

Little House




Existem lugares reais por onde se passa enquanto o carro corre pela estrada. Porém também existem lugares quardados dentro de cada um de nós. Marcamos um encontro e entregamos nossas almas no nosso lugar protegido. O Jardim Segredo virou filme, era um lugar real e onde todo o imaginário poderia acontecer. O quarda-roupa de C.S.Lewis era uma porta pra um mundo único e tão real quanto o abstrato pode ser. São lugares. Criamos ambientes dentro de nós e esperamos suga-lo pra fora, buscamos por paissagens que representem aquilo que sentimos.


Criei meu ninho, numa casinha pequena, em um pedacinho da noite onde espero por ele. Me aconchego em um cobertor velho, sinto o gosto do bom vinho e deixo a brisa gelada me lembrar que estou aquecida. Iluminamos a noite com conversas, não sabemos porque, mas este lugar fica assombrado sem a companhia esperada. E assim vivemos outro momento feliz no ninho. Não sabemos onde está o mundo real quando entramos no ninho, no fino carinho, um doce mimo ... Transitanto entre dois mundos, seguimos viagem.

Existem lugares que ninguem pode destruir, nem tempestade, nem fogo, muito menos terremotos. Apenas nós mesmos. Podemos parar de visitá-lo, podemos não voltar e assim ele ficará esquecido, uma velha casinha pequena abandonada perdida em alguma parte do que já fomos nós. Existem lugares sombrios, porém há lugares de conforto. Estou agora mesmo no alto de uma montanha coberta de neve, em uma little house (pequena casa) frente a uma lareira, tinto suave na taça e a maravilhosa presença de um amigo. Morrendo de rir por conseguirmos atravessar a fronteira da rotina, do normal e simplismente sentir felicidade. Abro os olhos e vejo que ainda estou no meu quarto, com um texto inacabado na tela do not e um ventilador fazendo um leve barulho ao fundo ... dou um meio sorriso e digo baixinho: estou no ninho!

terça-feira, 1 de março de 2011

2.2

Dizem ser a idade da loucura ...
Mas por favor, tudo o que quero
pra mais este ano de vida é
calmaria.

As loucuras me perseguiram demais,
crises existenciais, crises financeiras e
aquela vontade desesperadora de tirar
umas férias da sua própria mente!

Em fim, dia 25 foi meu niver e lógico
eu fui pra terrinha quente e neste
diário de viagem, ou melhor, hoje
diário do niver, rolou o seguinte ...

Pessoas que passei a semana imaginando
que iria encontrar, não encontrei.
Pessoas que eu não esperava nada além
de um simples OI, me surpreenderam.
Coisas simples, bolo de chocolate, e parabéns
só com a família.

Existem viagens que por mais curtas e simples
que sejam lhe trazem de volta, coloca o seu pé
no chão e faz você lembrar que precisa apenas
ser você mesmo. Foi assim nesse meu vigéssimo
segundo aniversário.

gostei!

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Sendo assim ...



Tarefa difícil essa, encontrar a definição pra si mesmo! Sinto a necessidade nesta altura de pelo menos tentar. Encontrar as palavras é a parte mais cansativa, os termos corretos para tantas sensações e sentimentos. Sentimento; posso começar por esta palavra então. Sou pura emoção, me sinto e sinto todos os outros a minha volta. Como uma esponja eu absorvo de tudo um pouco, me misturo, me perco e me encontro com meus interlocutores. Estou a todo tempo amando, seja o universo, seja o mar, seja um amigo, seja um amante. Sensibilidade é uma palavra chave e no meu universo, tem uma amplitude considerável. Tenho vários atributos contraditórios e por conta disso algumas situações me deixam tímida.

Desisto muito fácil de fazer as pessoas entenderem meus pensamentos, minhas idéias e logo dou um jeitinho de fugir pra um mundo de fantasia. Ultimamente tenho ido muito pra Nárnia, pego carona em moinhos de ventos, percorro estradas em uma Kombi velha. Minha fuga do mundo, o devaneio e sem saber muito bem como ando e pra onde eu vou, sempre sigo mantendo a fé, a intuição e a sensibilidade artística. “Navegar é preciso” e eu não me ligo muito nos detalhes, porém sou capaz das maiores loucuras e das maiores provas de compaixão humana. Não acho que preciso fazer alarde, não tenho que convencer ninguém de nada, mas sei que minha alma é forte e consigo passar paz ao próximo.

Por vezes prefiro me comunicar através de um olhar vago que trazem em seguida algum gesto delicado ou estabanado. Sabe aquela coisa de “sexto sentido de mulher”, pois então, o meu não costuma falhar e já me assustei várias vezes por conta dele. Meu detector de mentiras é de altíssimo potencial. Mas sou uma boba no quesito me proteger, sei que o carinha é um patife, mas incrivelmente eu quero me aproximar das loucuras do mesmo, o vejo tão desprotegido quanto eu.




Transcender, uma palavra de ordem. Encanto-me pelos significados, por aquilo que está além dos olhares, me dedico ao entendimento geral de tudo, porque tudo tem um fim. Sei que estou na fronteira de dois mundos e o início e o termino de ciclos da vida me atraem. Luto pela justiça divina e acredito em um reino de Deus presente nesta Terra. Meus olhos são os olhos da alma onde vejo um mundo que quase ninguém vê.

Estou onde quase ninguém quer estar, buscando desvendar o que está além do universo conhecido, lutando por uma causa impossível, no ramo da fantasia, das utopias, eu me refaço e me encontro.

Amor, ah o amor. Me fiz de durona por muitos anos, mas sou o ser mais romântico que já conheci. Desejo sempre que meu espírito encontre outro espírito tão livre quanto o meu, quero apenas o encontro de almas, me sentir totalmente conectada. Por conta disso, nada me serve muito e também não exijo demais, contraditório não? rsrs Tem que simplesmente ser. Não tenho tanto poder de sedução assim, ou pelo menos penso que não. Meu charme tem um mistério único que eu acabo exibindo sem querer. Nunca soube fazer o “joguinho” da conquista. Ultimamente tenho atraído pessoas que tiram ao invés de dar, que tem me drenado emocionalmente, me esgotam. Meus relacionamentos são pouco comuns e por ser um pouco instável como o oceano, curiosa e exploradora tenho medo de não de adaptar tão bem o casamento. Sou uma amante fiel ao que sinto. Se estou namorando, casada ou em uma amizade colorida pouco importa as nomeações diante do que sinto e do que o ser amado sente e diante de onde quero chegar. Acho importante ser franca, clara e dizer sob minhas expectativas.

Diante de tudo isso posso dizer que minha força está na minha fragilidade e pra mim nada mais natural do que amar e manter o bom humor rindo das minhas fraquezas. Vivo entre dois mundo tendo sempre a arte para me transportar. Experimentar, analisar, catalogar, cultura, fé, místico e sagrado estão presente na minha mente. Minha cura está sempre na sala de aula, no ambiente acadêmico, na busca do saber.

Sendo assim ... sou totalmente pisciana


segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Reencontros

Sim, eles acontecem.
Encontros de quando
não se espera encontrar
Estranho espanto de se
entreolhar.

A bebia, nosso disfarce
O sorriso, nossa confirmação
Por que a distância de quem
está perto?

Os corpos se chamam e a
chama do teu olhar é como
levar "frechada" no peito
como já dissia aquele
samba que respeito.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Calaf



Um príncipe estrangeiro aguniado.
Desafiando a vida e a sociedade para decifrar
os enigmas de uma princesa cruel e fria, que
não consegue se doar ao amor.

Uma princesa trancafiada em sua amargura,
tem tanto medo de que homens com o mesmo
espírito que o dela a tirem de seu conforto por
controlar as situações. Impressionada com a
determinação e coragem do príncipe, quase não
acreditar ser possível ele ter desvendado seus
mistérios, silêncios. Tudo estaria em jogo, ela
seria então revelada. Pede por socorro.

Tão profundo, ele a quer apaixonada!
Deixa então um desafio, que seu nome
seja descoberto, e se assim for pela
manhã ele morrerá. A princesa ordena
que ninguém durma até que se descubra
o nome do príncipe estrangeiro.

CALAF
Ninguém durma! Ninguém durma!
Tu também, ó Princesa, na tua fria Alcova olhas as
estrelas que tremulam De amor e de esperança!
Mas o meu mistério está fechado comigo,
O meu nome ninguém saberá!
Não, não, sobre a tua boca o direi,
Quando a luz resplandescer!
E o meu beijo destruirá o silêncio que te Faz minha!

Calaf, príncipe estrangeiro cujo nome transborda
amor, somente amor. Afeto profundo que doí na
alma, a saudade intensa por querer sua Turandot
ardendo de paixão. Com um beijo sereno ele
a desperta com a luz resplandescente do astro
maior. Se cobre de ardor e vive seu amor, por
mais trágico que tudo possa parecer é melhor
amar do que ser feliz.

Ela horrorizada pela beleza de se arriscar, pela
intensidade de se entregar tem seu silêncio
quebrado. Ainda desconfiada, ainda com medo,
começa a se permitir.