O caminho mais longo pode ser o caminho mais curto! Continue a Seguir Viagem.







domingo, 6 de novembro de 2011

Minha poesia não sabe rimar


Minha poesia não sabe rimar.
Perco o rumo da boa forma culta
Oculta na parte mal iluminada da
minha pobre alma.

Minha poesia esqueceu de ser
letra, passou a viver pelos ares.
Deixou de ser fato pra ser intensidade.
Não material, não contida em papel,
não pertencente nas academias.

Minha poesia não se apaixonou desta
fez. Ficou sem graça, foi abandonada
na praça tomando um sorvete. E o amor
resolveu abster-se da minha desengraçada
junção de rimas.

Minha poesia me deixou apé. Pegou o
carro e nem me deu carona. Fugiu do
meu mundo. Deve ter corrido muito essa
ingrata, tanto que me importei. Mas ela
não escolhe participar de quem se importa
tanto, não se preocupe, não sufoque a coitada
e ela fica ao seu lado. Vai vendo ...

Minha poesia rebelde resolveu retornar quando
eu abri meus braços frente ao mar, quando
parei pra me ouvir, quando resolvi parar de
judiar do coração. Poesia vestida dos meus
trapos, pintados, desgastados, tigrados,
multiformes ... Poesia voltou quando olhei
para dentro de mim mesma e vi que não
sou feita de rimas.

Não sou sistemática, e isso já é outra história.



Nenhum comentário:

Postar um comentário