O caminho mais longo pode ser o caminho mais curto! Continue a Seguir Viagem.







quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Mais uma viagem ...

Era apenas mais uma viagem ...

Ela entrou no ônibus se despedindo do por do sol
que tocava o mar, fechou os olhos e beijou o vento.
Não era aquela brisa suave que ela queria no
momento. Ansiava pelo calor abafado do interior.
Havia muita coisa a ser feita, tanta coisa pra ser
organizada dentro de si que ela não sabia por
onde começar, então escolheu não se lembrar
de mais nada e vagarosamente vivenciar os
dias.

Muitos amigos que ela queria ver, mas poucos
que a motivavam a uma boa conversa.
Esperou em vão uma conversa sincera.
Não encontrou sua foto no mural de albúm dos
amigos e entendeu que sua presença já estava
desaparecida.

Teve que enfrentar novamente alguns sonhos
e a posibilidade de não conseguir realiza-los.
Teve que enfrentar uma casa vazia, a magia
da infância é que devia fazer daquela casa um
lugar agradável.

Era apenas mais uma viagem e tantas coisas
para se enfrentar em uma curto espaço de
tempo, ela estava acostumada com isso,
ainda teve que se despedir dele.

Algumas viagens levam tempo para serem
digeridas.

domingo, 6 de novembro de 2011

Minha poesia não sabe rimar


Minha poesia não sabe rimar.
Perco o rumo da boa forma culta
Oculta na parte mal iluminada da
minha pobre alma.

Minha poesia esqueceu de ser
letra, passou a viver pelos ares.
Deixou de ser fato pra ser intensidade.
Não material, não contida em papel,
não pertencente nas academias.

Minha poesia não se apaixonou desta
fez. Ficou sem graça, foi abandonada
na praça tomando um sorvete. E o amor
resolveu abster-se da minha desengraçada
junção de rimas.

Minha poesia me deixou apé. Pegou o
carro e nem me deu carona. Fugiu do
meu mundo. Deve ter corrido muito essa
ingrata, tanto que me importei. Mas ela
não escolhe participar de quem se importa
tanto, não se preocupe, não sufoque a coitada
e ela fica ao seu lado. Vai vendo ...

Minha poesia rebelde resolveu retornar quando
eu abri meus braços frente ao mar, quando
parei pra me ouvir, quando resolvi parar de
judiar do coração. Poesia vestida dos meus
trapos, pintados, desgastados, tigrados,
multiformes ... Poesia voltou quando olhei
para dentro de mim mesma e vi que não
sou feita de rimas.

Não sou sistemática, e isso já é outra história.