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terça-feira, 29 de março de 2011

Little House




Existem lugares reais por onde se passa enquanto o carro corre pela estrada. Porém também existem lugares quardados dentro de cada um de nós. Marcamos um encontro e entregamos nossas almas no nosso lugar protegido. O Jardim Segredo virou filme, era um lugar real e onde todo o imaginário poderia acontecer. O quarda-roupa de C.S.Lewis era uma porta pra um mundo único e tão real quanto o abstrato pode ser. São lugares. Criamos ambientes dentro de nós e esperamos suga-lo pra fora, buscamos por paissagens que representem aquilo que sentimos.


Criei meu ninho, numa casinha pequena, em um pedacinho da noite onde espero por ele. Me aconchego em um cobertor velho, sinto o gosto do bom vinho e deixo a brisa gelada me lembrar que estou aquecida. Iluminamos a noite com conversas, não sabemos porque, mas este lugar fica assombrado sem a companhia esperada. E assim vivemos outro momento feliz no ninho. Não sabemos onde está o mundo real quando entramos no ninho, no fino carinho, um doce mimo ... Transitanto entre dois mundos, seguimos viagem.

Existem lugares que ninguem pode destruir, nem tempestade, nem fogo, muito menos terremotos. Apenas nós mesmos. Podemos parar de visitá-lo, podemos não voltar e assim ele ficará esquecido, uma velha casinha pequena abandonada perdida em alguma parte do que já fomos nós. Existem lugares sombrios, porém há lugares de conforto. Estou agora mesmo no alto de uma montanha coberta de neve, em uma little house (pequena casa) frente a uma lareira, tinto suave na taça e a maravilhosa presença de um amigo. Morrendo de rir por conseguirmos atravessar a fronteira da rotina, do normal e simplismente sentir felicidade. Abro os olhos e vejo que ainda estou no meu quarto, com um texto inacabado na tela do not e um ventilador fazendo um leve barulho ao fundo ... dou um meio sorriso e digo baixinho: estou no ninho!

4 comentários:

  1. nosso canto é sempre especial...

    Lindo texto Mari!
    Saudades!

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  2. Tudo fica sombrio sem a companhia esperada...

    saudades Léo!

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  3. nem a dengue destrói o ninho, pode não parecer confortavel ou a hora de se sentir grato, mas é por essas horas que devemos ser gratos por termos um ninho... eu que ja fiquei sem, sei a falta de faz.

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  4. nem a dengue destrói o ninho, pode não parecer confortavel ou a hora de se sentir grato, mas é por essas horas que devemos ser gratos por termos um ninho... eu que ja fiquei sem, sei a falta de faz.

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