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sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Saudades do Jardim!


Fico então a imaginar o que eu faria
neste sábado. Passear com um labrador
preto que não é meu, assistir um filme
em uma sala que eu ainda não conheço.

Antes fosse apenas isso ...

Algo na minha essência já teve Deus bem
perto, em um jardim maravilhoso onde
minha função era desfrutar da presença
constante, do respirar próximo ao meu
criador. Cuidar dos animais, e também
te-los de certa forma para mantimento.

Minha capacidade de expressar emoções,
agir voluntariamente indica toda a particularidade
que tenho como meu criador e sinto uma falta
enorme desde convivio mais íntimo!

Sei que pode parecer estranho, mas é uma
saudade nebulosa, umas visões falhadas
intorpecidas pelo pecado que contaminou
essa moradia no jardim! Fomos expulsos
e passamos a vagar pela Terra na esperança
de estarmos mais um fez em um lindo jardim,
onde do Trono corre um rio de águas puras!

Voltando a pensar ... lembro-me de FlorBela Espanca ...

"O meu mundo não é como o dos outros, quero demais, exijo demais;
há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que eu
nem mesma compreendo, pois estou longe de ser uma pessoa;
sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta,
atormentada, uma alma que não se sente bem onde está,
que tem saudade… sei lá de quê!"

Incrivel como me sinto descrita neste texto da FlorBela!
Estamos aqui apenas de passagem, não fazemos parte
desde mundo. Nosso alvo é o Jardim, é o Gênesis!
Lembro-me ainda da Carta a Diogneto onde temos
uma breve definição do mistério de ser cristão:

"Os cristãos, de fato, não se distinguem dos outros homens, nem por sua terra, nem por língua ou costumes. Com efeito, não moram em cidades próprias, nem falam língua estranha, nem têm algum modo especial de viver. Sua doutrina não foi inventada por eles, graças ao talento e especulação de homens curiosos, nem professam, como outros, algum ensinamento humano. Pelo contrário, vivendo em cidades gregas e bárbaras, conforme a sorte de cada um, e adaptando-se aos costumes do lugar quanto à roupa, ao alimento e ao resto, testemunham um modo de vida social admirável e, sem dúvida, paradoxal. Vivem na sua pátria, mas como forasteiros; participam de tudo como cristãos e suportam tudo como estrangeiros. Toda pátria estrangeira é pátria deles, e cada pátria é estrangeira. Casam-se como todos e geram filhos, mas não abandonam os recém-nascidos. Põem a mesa em comum, mas não o leito; estão na carne, mas não vivem segundo a carne; moram na terra, mas têm sua cidadania no céu;"

Terminando,
Sinto essa saudade do colo do Pai, saudade por imaginar
tudo o que ainda vou viver e saudade por esta sexta ser
apenas uma vírgula. Assim como uma frase fica incompleta
caso você não termine o raciocínio depois da vírgula,
minha sexta será incompleta!

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