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sexta-feira, 15 de outubro de 2010

O que eu NÃO sou!

" Às vezes, um homem é importante para outro não porque
deseje isso, nem porque possua alguma riqueza interior na
alma, nem por causa de alguma coisa que seja, mas exatamente
devido ao que ele não é. Sua importância pode consistir na pobreza,
nas esperanças e nos temores, na espera e nos anseios, na direção
que todo o seu ser toma rumo ao que jaz além de seus horizontes,
além de suas forças.
A importância de um apóstolo é mais negativa do que positiva.
Nele o vazio se torna visível. É por esse motivo que o apóstolo
é importante para as pessoas: ele é capaz de partilhar a graça
com elas, de focalizar a atenção delas na espera e na adoração,
firmando-as nessas coisas"

Karl Barth

Este texto não sai da minha mente desde ontem. Devido
ao que ele representou e também a mais algumas coisinhas (...)
eu fiquei com dor de cabeça. Acho incrivel a capacidade que
alguns poucos amigos tem de bater o olho em mim e dizer
"o que tá errado?" "o que houve?" eu sempre fui boa atriz,
meus disfarces são ótimos. E ontem meu olho vermelho
e o nariz inchado me condenaram: "ela está chorando?"

Começei a funcionar depois da questão: O que você não é?
Como assim o que eu não sou? Na viagem pra me conhecer
eu sempre parti do ponto daquilo que sou, daquilo que gosto,
daquilo que me define. Será que aquilo que eu não sou me
torna valorosa?

Fico indignada quando me deparo com a opinião alheia que
rasteiramente pensa que você tem que ser aquilo ou aquilo
outro. Até o pobre apóstolo (pastor) tem que ser como a
igreja quer que ele seja. E quando somos forçados a ser
algo por determinado momento? Hipocrisia?

Aquilo que eu sou se torna visível pra quem está ao meu
lado, minhas mascaras caem e já não sou tão durona!
Nestas horas eu me permito chorar e me sinto tão frágil
quanto a boneca de porcelana que eu ganhei da minha avó
e que hoje está no fundo do armário. Me sinto exatemente
como ela.

Eu não tenho nenhum tipo de riqueza e não desejo ser
importante pra você. Posso ser filha do Rei de Judá,
mas isso não significa que sou "sua" princesa. Sei
muito bem que a cultura moderna não admira a
"arte do NÃO" ... mais meu espírito é livre e lindo,
sem me importar com aquilo que querem que eu
seja eu parto em uma nova busca ...

a busca daquilo que eu NÃO sou!

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